Bloody Scum: Palacio dos Deuses - Capitulo 01 Rascunho

on quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Capitulo 01: Através da ventania



  "Esse sangue que você derramou será lembrado no dia em que você será punido pelos Deuses."
- Soldado Desconhecido; Abril de 237 D.C ; Antiga Domã'n -



  AS LUZES SE APAGAM, todos vão para suas casas e os gladiadores vão para seu lugar de repouso, o rei se levanta e seus protetores o seguem ate a saída, as outras pessoas passam por ele como se ele fosse uma pessoa comum porem outros apreciam suas roupas e sua carruagem repleta de cores e lanternas, ninguém o desrespeita por isso, eles amam o rei que tem.

  Os gladiadores restantes sentam-se ao chão de suas celas, é uma noite antes do dia da colheita, perto do dia do julgamento, os gladiadores aquecem-se ao calor de uma fogueira feito com galhos e cascos de árvore que eles pegaram durante a ultima batalha.
  Se não fossem as frequentes batalhas eles provavelmente viveriam no escuro e no frio, enxergando apenas as pequenas velas que os guardas ascendem ao longo das celas.

  As celas ficam ao lado do coliseu, porem na parte seca da terra, fazendo eles não terem o gosto da bela paisagem qual quase todos nunca viram.
  As celas ficam em uma grande construção, a prova de fugas, ninguém nunca fugiu de lá, uns quase tiveram sucesso, ate ser mortos pela guarda real que protege a cidade dia e noite.

  A primeira semana da primavera chegou, o frio diminuiu a noite, porem ainda existe frio, um frio que ainda faz os corações de todos congelarem e faze-los ficar em silencio.
  Os gladiadores são bandidos, ladrões ou assassinos que estão pagando por seus crimes, porem dentro de suas celas eles aprenderam a ser humildes e maduros, pois não existe o que roubar nem matar, só existe a quem devem apoiar e receber apoio.
  De tempos em tempos surge o dia da colheita, as vezes de semana em semana, as vezes de mês em mês, depende de como vai a colheita, os agricultores tem que dar parte da colheita que serve como imposto ao rei, essa colheita é dada 15% ao rei e 85% aos gladiadores, que são distribuídos gradualmente conforme os dias passam.

  Um julgamento será realizado daqui a alguns dias, ninguém sabe o porque e nem quem sera julgado, só sabem que é um julgamento especial, diferente daqueles que acontecem de semana em semana.
  Pelo jeito que os guardas anunciaram, o rei realmente queria que todos soubessem, se o rei pediu isso, nunca tendo pedido algo assim antes, deve ser algo bem ruim.

  O grupo de Eliemir':
  Iscemir', homem de estatura mediana, cabelos medios, o mais rapido e mais jovem.
  Alboreg', o de menor estatura do grupo, cabelos longos, lento mas forte.
  Eliemir', não é o lider, mas é o mais alto, o mais forte, não menos lento que Alboreg', porem o mais resistente a dor que os outros e tem cabelos curtos.

  Um baixo barulho de estomago faminto sai da barriga de Iscemir', ele não tem mais nada para comer, ele pensa que seu irmão pode dar algo a ele.
  Ele tenta não pedir porem não resiste a fome.
-Alboreg'... ainda resta pão? - Ecoa a voz de Iscemir' por dentro da pequena prisão qual eles chamam de lar, ele mal conseguiu comer na ultima semana.
-Pão? - Responde Alboreg' - Acha que somos o que? Nobres? -
-Não o culpe... Al', ele ainda é jovem, não é que nem nós que passamos meses sem ver sequer um pequeno farelo nas mãos dos ratos. - Diz Eliemir', tentando esconder a sua fome.
  Eliemir' diferente dos demais não passa frio, sua armadura é a mais pesada e a mais quente, depois que ele à tira, ele mostra seu corpo suado do calor que ela gera, ele apenas à tira para dormir, se não ele tem falta de ar.

  Fora da cela dos três, nenhuma comemoração é ouvida, a batalha foi vencida, porem lá fora está os corpos de seus colegas, parceiros e amigos, todos ficam em silencio, olhando suas pequenas fogueiras e se aquecendo olhando as chamas com seus olhares depressivos, não por terem perdido pessoas as quais eles gostavam, mas por possivelmente perder outros ou a si mesmos no outro dia.

  O silencio domina-os ate o sono leva-los aos poucos sonhos que os restam.

  Reddo', o rei de Nova Domã'n, é um homem sábio, impiedoso, rico e astuto, sendo graças a isso ele está vivo ate hoje, pois antes de ser rei não passava de um mero bastardo.
  Reddo' mora na "mansão" do centro da cidade, ele a nomeou de casa logo que se tornou rei, pois a casa de deveres do imperador era mais luxuosa, ele também decidiu que deveriam o chamar de "rei".

  Toda manhã de duas a quatro mulheres saem do quarto de Reddo', um homem reconhecido pelos bordeis como um grande frequentador, tanto que recebe as prostitutas em seu quarto, já que nenhum negociador recusaria a quantidade de dinheiro que ele paga.
  Reddo' confia a seus quatro conselheiros o dever de cuidar de que suas decisões são as certas, tanto que nenhum dos quatro pode decidir nada sem o rei saber.
-Majestade... - Diz Joggar', de joelhos, como qualquer servo, mesmo sendo um conselheiro e alguém de confiança.
-Levante-se homem! - Reddo' o saúda. -  Um amigo de infância não deveria me reverenciar assim.
-Não importa quantas vezes diga isso, eu vou sempre o fazer. - Responde Joggar'.
-E quanto a aquele velho negocio que pedi para você realizar? - Pergunta Reddo'.
-Está tudo confirmado, o pagamento foi aumentado e os procedimentos serão realizados. - Diz Joggar' satisfeito pelo seu trabalho cumprido.

  Os quatro conselheiros, Joggar', amigo de infância de Reddo', Isquizar', Mestre espadachim, Jozeph, Lider dos deveres fora de Nova Domã'n e Riddiko', o conselheiro mais velho, que foi do antigo imperador e do que veio antes dele.

  Domã'n faz fronteira com um deserto ao leste, uma floresta ao oeste e fica consideravelmente longe da parte gélida do continente, fazendo a cidade ser consideravelmente quente de dia variando a noite.
  Estando entre uma floresta e um deserto, a cidade tem uma paisagem diversificada que vai de arvores sem folhas e terra seca ate arvores, flores e arbustos gloriosos que embelezam a paisagem para aqueles poucos que poem pagar pelo pequeno privilegio de viver na parte rica da cidade, a qual fica perto da arena e da grandiosa casa principal a qual o rei vai viver seus dias de governador impondo regras aos seus súditos.

  O dia da colheita chega, é o dia qual os fazendeiros colhem suas plantações e alguns dão de comer para os gladiadores, um dia bem esperado por Iscemir', os outros dois nem ligam, eles acham que o pão que eles ganham uma vez por mês já basta para sobreviver, ainda mais que entre os três, Iscemir' é o único que consegue sentir o gosto de algo.
  A partir do meio dia, dúzias de fazendeiros passam com as carroças cheias de legumes,frutas e vegetais, porem, nenhum deles parava para dar nada aos gladiadores, o que era muito estranho mesmo para Alboreg', que via o tempo passar mas nada de comida nem para seu irmão e nem para os outros gladiadores.

  Durante o por do sol, duas carroças pararam perto das celas e os outros gladiadores foram presenteados com quantidades absurdas de comida, mas Iscemir', Eliemir' e Alboreg' não receberam nada, ainda mais que estão em uma cela separada dos outros.
-Porque não recebemos nada ainda? - Diz Iscemir', claramente agitado.
-Mir'...- Sussurra Alboreg'. - Logo você receberá sua comida, apenas não nos aborreça.
  Alboreg' e Iscemir' fazem silencio e olham para Eliemir', que está parado, apenas vendo a movimentação com seu olhar distraído que ele raramente faz, sempre faz isso quando se sente sozinho e está vendo fantasmas do seu misterioso passado.

  Tarde da noite, um dos gladiadores da cela ao lado deu umas frutas para Iscemir' como um gesto de agradecimento, mesmo sem Iscemir' saber o porque daquilo.
  Seu vizinho de cela divide sua presença com uma moça forte, Astucia', a qual não tem nenhuma intimidade, porem mesmo sendo raro uma mulher gladiadora aparecer por ali, ninguém ousa tocar nela, menos seu companheiro de cela, a qual ela usa de escravo.
  Seu companheiro de cela se chama Debler', ele a serve sendo mensageiro e ajudante em certas ocasiões.
  Astucia' tem cabelos longos e ruivos, um corpo não muito belo pelo que parece por cima da armadura, ela está servindo de gladiadora por roubo, e Debler', o homem careca e corcunda que a segue, foi seu cúmplice.
  Mesmo sendo ignorante com qualquer um que converse, ela nunca foi do mesmo jeito com Iscemir', ela diz que é pela idade dele e por pena.
  Todos comemoraram ate a madrugada, mas ai todos dormiram.

  Um dia antes do dia do julgamento.
  A tarde chega, mais quente do que nunca, ninguém entre os gladiadores está vestido, somente a Astucia', radiante como só ela pode ser.
  Os guardas gritam dizendo que uma batalha está por vir, eles  tiram Iscemir' de sua cela e o vendam.

  Quando a venda é tirada dos olhos de Iscemir' ele se vê num salão chique e é forçado a se vestir a caráter, os guardas dizem que ele terá que satisfazer as expectativas de umas comerciantes quais o rei queria que aceitassem fazer um certo acordo a qual eles não dizem sobre.
  Umas damas chegam ao salão, ele é cheio de pilastras e velas alegram o local mesmo que de dia, estatuas de varias pessoas estão pelo local, estatuas que Iscemir' não reconhece quem são e também percebe outros gladiadores abanando as comerciantes.
  As comerciantes, Jonna' a mais velha, baixa e com cabelos brancos, Enna' a do meio, madura, sexy e amedrontadora, cabelos castanhos e senso de beleza e por ultimo Alicia', a mais jovem, cabelos negros, bochechas rosadas, não tão jovem.

  Ao longo da tarde, Iscemir' assiste Jonna' gritar com todos os empregados, Enna' conversando com o rei e Alicia' sentada em um canto.
  Iscemir' ficou encarregado de servir vinho, porem ninguém o havia pedido até Alicia' chegar até ele e o pedir uma taça.
-A primeira do dia... - Diz Iscemir' enquanto a serve.
-Eu estava olhando para você todo esse tempo e você continuou em pé ate agora... - Diz Alicia' gentilmente. -Gostaria de se sentar comigo?
-Eu... posso? - Diz Iscemir', assustado.
  Alicia' o puxa e eles se sentam em uma cadeira, elá deveria ser para uma unica pessoa, porem os dois se espremem nela e riem por isso.
  O rei e Enna' saem do salão e os gladiadores começam a reclamar com Jonna', Alicia' se assusta e
Iscemir' vai falar com eles e eles pedem para os guardas os levarem as suas celas.
  Alicia' o beija na bochecha por ajudar sua avó e o rei e Enna' voltam e Jonna' os recebe a gritos, Jonna' diz que não quer fazer negócios com esse lugar porem Alicia' a interrompe e conta o que aconteceu.
  Após entender tudo, Enna' diz que o acordo vai continuar e que um lugar com pessoas tão nobres merece o que ela tem a oferecer.
  Jonna' tenta a fazer mudar de ideia e não consegue, o rei sorri para Enna' e a beija, pós isso ela chama Alicia' pois estão de partida, Alicia' abraça Iscemir' e vai embora depois de dizer -Obrigado por me divertir, nunca alguém me distraiu como você.
  Iscemir' sorri para ela e as três vão embora.
  O rei ordena que levem Iscemir' para sua cela e dá a ele um colar de presente.

  Do outro lado da cidade, Alboreg' está sendo forçado a mostrar para três homens de outra cidade do que ele é capaz, eles estão numa pequena arena na parte rica da cidade, os três mandam um tigre com três cabeças atrás de Alboreg'.
  Alboreg' rola para frente, desviando das garras do tigre, o tigre avança com seus dentes porem Alboreg' coloca a sua espada na frente fazendo o tigre a morder, depois ele a empurra com força para cortar a boca da cabeça do tigre que morde a espada, não só a boca, como a cabeça em si é contada, então as outras duas cabeças começam a chorar e se afastam de Alboreg'.
  Os três homens sinalizam para Alboreg' acabar com isso, Alboreg' joga sua espada para cima e a pega com a mão esquerda, então com a sua mão direita ele pega uma adaga e a joga em direção ao tigre que se abaixa fazendo a adaga cravar no chão, Alboreg' segura sua espada com a mão direita novamente e avança tentando dar uma espadada no tigre distraído, porem o tigre pula para trás mas Alboreg' segura a espada com as duas mãos e gira usando o impulso da espadada que ele errou cortando as duas cabeças do animal.

  Um dos três homens, o do meio, se levanta.
-Otimo! - Grita ele enquanto bate palmas. -É o que estávamos esperando!
-E qual o por quê disso? -Diz Alboreg' meio enfurecido.
-Primeiramente, meu nome é Zaur', comerciante de Plecalia'.
-E o que você quer comigo? -Alboreg' ainda enfurecido porem em duvida.
-Só estávamos te testando, agora pode ir. -Diz Zaur' sorrindo e sinalizando aos guardas para que levem Alboreg' embora.

  Até o entardecer nem Iscemir' nem Alboreg' voltaram para a cela deles, Eliemir' está preocupado.
  Finalmente os dois chegam, porem os guardas levam Eliemir' enquanto os três se olham com um olhar de duvida.
  O rei mandou buscar Eliemir' e leva-lo até sua mansão.
  Os dois se encontram no lado de fora da mansão e Reddo' ordena que o desamarrem, em seguida os dois dão um aperto de mão, Reddo' sorrindo e Eliemir' serio como sempre.
  Eliemir' está meio apreensivo, ele tem medo de ter feito algo errado, mas não necessariamente "medo", só não quer ser separado de Iscemir' e Alboreg', ele já os considera amigos e também os vê como o unico motivo para querer viver, além de um outro motivo escondido.


-


  O dia do julgamento chega, a fome dos três já havia sido saciada, porem eles não sabiam o significado desse "julgamento", "pelo quê seremos julgados?" eles se perguntavam, ate que chega a hora, os guardas entram na cela e os amarra nos braços e os amordaça.
  Os guardas os levam pelas ruas, eles ouviam pessoas gritando seus nomes, outras se escondendo de medo e outras neutras, porem isso não diminuiu a curiosidade dos três que sequer podiam perguntar.
  Depois de 2km a pé no sol escaldante, qual eles nunca mais sentiram, eles chegam ate a igreja, lá eles são ungidos e recebem algum tratamento medico, após isso eles voltam a caminhar e chegam ate a mansão do rei, uma multidão se forma à frente da sacada a qual o rei se pronunciava e pronunciava os gladiadores, após isso os gladiadores são levados a frente do rei e postos de joelhos.
-Eu, Reddo', rei de Nova Domã'n, anuncio agora o meu julgamento. - Diz o rei. -Chegou o dia que a maioria de vocês esperou, eu venderei esses três gladiadores para o centro de toda a batalha de gladiadores, venderei eles para Stogsmar'! - O rei termina de falar e a multidão grita eufórica.

  O rei manda os guardas levarem os três para dentro da mansão e os liberta das cordas e amordaças, após isso ele chama um de seus empregados que serve um banquete para os gladiadores.
  Após algum tempo em silencio.
-Por que apenas Iscemir' está comendo? - Pergunta o rei com seus olhos arregalados para os outros dois.
-Ele é o mais jovem, ainda não tem a resistência que nós temos. - Diz Alboreg'. -Nós comemos apenas para ficarmos fortes ou para não morrermos.- O rei fica chocado com as palavras de Alboreg' que não desvia o olhar para a comida a nenhum momento, apenas olhando fixamente para o rei.
-Exatamente... - Eliemir' entra na conversa. -Em breve ele irá precisar usar a energia que essa comida dará a ele, então melhor não impedi-lo. - Encerra Eliemir'.
-Que tal ao menos uma taça de vinho? - Diz o rei e Alboreg' acena com a cabeça positivamente.

  O rei sorri enquanto entrega a taça de vinho para Alboreg', Eliemir' ignora os dois e olha para outro lado.
  Alboreg' e Reddo' brindam e depois tomam suas taças de vinho rapidamente, após isso o rei estala os dedos e os guardas chegam anunciando que é a hora de ir, ao perceber isso, Iscemir' agradece pelo banquete e os três são amarrados e amordaçados novamente.
  Durante a caminhada, Alboreg' começa a tossir e sua amordaça começa a encher-se de sangue, os guardas o levam ate a igreja e os outros dois são levados de volta as suas celas, Iscemir' tenta ver o que está acontecendo mas os guardas os impedem.

  Apos a longa caminhada, os dois são soltos e colocados em suas celas... mas nada de Alboreg', o que deixava os dois com duvidas e ansiosos.
  Sua vizinha de cela Astucia', chama Iscemir' ate a parede da cela.
-Iscemir'? - Diz ela com uma voz suave, qual ele nunca ouviu.
-S-sim? - Ele responde com um gaguejo.
-Meus pêsames pelo seu irmão, ele deve estar bem, só não fique triste. - Diz ela com um tom de sinceridade, apesar de sua personalidade ser mais ignorante.

  Passaram-se 3 dias, nada de Alboreg' enquanto isso.
  O sino principal da igreja ruge, dizendo que o rei tem algo a pronunciar.
  Os guardas entram na cela e vendam Eliemir' e Iscemir', que são guiados silenciosamente ate um lugar que não se parece com as celas.
  Eles sentem grama em seus pês, um ar leve e calmante e sentem os guardas os soltarem seus braços, que por um ato divino não foram amarrados.
  Ao tirar as vendas, o sol forte perfura os olhos dos dois, que quando recuperam a visão se deparam com uma arena, aparentemente a de sempre, porem renovada.
  O rei aparece novamente a frente deles , sorridente, com roupas novas, fazendo os dois se perguntar "Quanto tempo se passou de verdade?".
  A arena está vazia, somente os três em meio ao gamado da arena, um gramado verde, numa cena digna de uma pintura.
-Nos últimos 3 dias, eu usei o dinheiro que consegui vendendo vocês para reformar algumas coisas. - Diz o rei com uma expressão de satisfação e continua.- Ainda deu ate pra acelerar o trabalho.
-Reddo'... onde está Alboreg'? - Murmura Iscemir'.
  Eliemir' se espanta com o quão serio soou a voz de Iscemir', ele cresceu bastante desde que Eliemir' o conheçeu, porem enquanto ele olhava com espanto para Iscemir', o rei Reddo' levanta seu braço e fecha sua mão, sinalizando para os guardas de que ja podiam leva-los.

  Iscemir' e Eliemir' já sabem seu destino, sem Alboreg', eles tentam não pensar no pior enquanto estão sendo levados para Stogsmar', um lugar desconhecido para eles, porem muito ouvido entre os guardas que riam e bebiam longe das celas, para que nem tudo fosse ouvido pelos gladiadores.

  Dias de frio e noites de calor assombram os gladiadores, Iscemir' e Eliemir' acham estranho a mudança de clima, é totalmente anormal, porem eles não tem do que reclamar.
  Todos ouvem o barulho das carroças fora das celas, são muitas, porem uma unica carroça se aproxima do local das celas dos prisioneiros.

  São a guarda real, soldados com armaduras lustradas, os mais novos, os veteranos usam armaduras velhas e manchadas da cor da batalha.
  A cor da batalha é as marcas de lamina e as manchas de sangue que marcam uma armadura.
  Sem a cor da batalha, esses guardas parecem fracos e despreparados, porem essa nova geração não é como aqueles primeiros guardas jovens de antigamente que protegiam cavalos e bordeis, esses são treinados para tudo e qualquer coisa que perturbe a paz.

  Ao velos entrar, Iscemir' assusta-se, dois deles conversam com os guardas das celas e depois seguem ate a cela de Iscemir', ele sabe que são os soldados que vão leva-los.
  Ao sair da cela, ele e Eliemir' se deparam com Astucia', que abraça Iscemir', todos pulam para trás surpresos, porem sem nada a dizer.
-Eu vou com vocês. - Diz Astucia', sorridente, com um sorriso qual ninguém nunca a viu mostrar para ninguém.
  Cada um dos três vão em uma carroça separada dos demais.

  Eliemir' que esteve calado este tempo todo, não estava pessimamente quieto, ele estava pensando sobre Alboreg', o porque dele ter sumido.
  Ele lembra de Alboreg' ter bebido algo que o fez tossir, que foi Reddo' quem ofereceu.
  Também acha que Alboreg' desmaiou por causa da bebida e sabe que está vivo, só que em outro lugar, pois Reddo' com certeza queria algo com ele.
  Eliemir' está tentando não pensar o pior.

  As carroças vão para oeste, para a cidade dos gladiadores, para as belas paisagens verdes, repletas de sangue e ódio.

- novos vv

  As montanhas verdes cercam a estrada, as longas paredes de pedra fazem sombra nas carroças, 12 horas se passaram desde que saíram de Nova Domã'n, as longas arvores e as suas raízes já não deixam espaço pra olhar pra trás ou as vezes pra avançar, os guardas fazem Eliemir' cortar as raízes que atrapalham sempre que precisam.

  O por do sol chega, as folhas batem forte umas nas outras e se ouve barulho de galhos quebrando, os guardas percebem formas humanas e tentam defender as carroças, duas mulheres trajadas com roupas de assassinos os matam com suas adagas com cortes giratórios que deixa uma delas tonta.
 Uma delas é Alicia', a outra é uma desconhecida, que não tira a mascara.
-Procure-os... - Diz Alicia' com um tom inseguro, ela checa a área ao redor atrás de mais guardas.

-Alice'! - A outra assassina a grita. - Achei ele! -
-O que? Vão nos libertar? - Iscemir' está confuso.
  Ao perceber Alicia' ele se surpreende e levanta suas sobrancelhas, ela o recebe com um selinho e depois o nocauteia com um porrete.

  As duas vão abrindo todas as carroças mas sem tirar as algemas de ninguém
  Eliemir' se pergunta quem são e descobre algo que não esperava, há uma quarta carroça, ele começa a suar frio, não a tinha visto, "quem está la?" ele pensa.
  A assassina abre a ultima carroça, ri e depois a fecha novamente, empurra Astucia' e Eliemir' para perto de Iscemir' e fica de olho neles ate que Alicia retorna.





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